terça-feira, 6 de julho de 2010

O Despertar da Primavera

Baseado no texto clássico do alemão Frank Wedekind, o musical foi um sucesso estrondoso na Broadway em 2006, ganhando vários prêmios Tony (o Oscar do teatro norte-americano) e após anos de negociação os geniais Charles Moeller e Cláudio Botelho conseguem uma autorização especial para a realização da primeira não-réplica do musical. Com extrema liberdade para conduzir o espetáculo a dupla recria de maneira sublime as angústias, descobertas e anseios dos jovens personagens de Wedekind na Alemanha conservadora e castradora de 1891. E o resultado é de um frescor e vitalidade poucas vezes vista no teatro brasileiro. Tive a oportunidade de conhecer esse texto há 15 anos atrás, quando participei de uma montagem estudantil em minha cidade, a princípio na co-direção do espetáculo, mas pouco tempo depois também tive a oportunidade de interpretar o Moritz. Logo, ir ver o espetáculo foi como uma viagem no tempo e um reencontro com "velhos conhecidos". Foi catarse pura, difícil de traduzir em palavras o que experimentei ao ver pela primeira vez e depois uma segunda, dessa vez acompanhado de uma amiga querida que havia interpretado a Ilse na referida montagem estudantil. Moritz e Ilse, 15 anos depois revendo as personagens em cena interpretados pelos incríveis Rodrigo Pandolfo e Leticia Colin (“Primavera, quanto tempo faz/ Quanto tempo atrás/ Quantas as manhãs, sim/ Quando o sol brilhou / Sobre os livros soltos no chão/ Primavera...”). Quem ainda não conhece a força do texto desse alemão e a superlativa montagem brasileira, se tiver possibilidade não perca, em cutíssima temporada no Teatro do Shopping Frei Caneca em São Paulo. Estarei lá na reestréia, dia 10/07. Para conhecer mais baixe o CD , disponibilizado gratuitamente no site do espetáculo, acompanhe também as novidades no blog da peça e no twitter. Programa imperdível!


segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

De volta...



“Caminhante, não há caminho – o caminho faz-se ao caminhar”
Antonio Machado(1875-1939).

Quatro meses sem postar nenhum texto aqui. Um hiato, mas um hiato produtivo! Muitas transformações diárias e permanentes se consolidaram nesse período: intenso, pleno e único. Que venham novos dias...